quarta-feira, 29 de junho de 2011

DANÇA É MOVIMENTO

    Dança: expressão pelo movimento
Explorar o caráter expressivo do movimento é uma das premissas do ensino de dança. O coreógrafo e pesquisador da linguagem Rudolf Laban (1879-1958), uma das grandes referências na área, categorizou os movimentos em dois tipos: os funcionais – escovar os dentes, subir escadas ou escrever na lousa, por exemplo – e os expressivos. Nesses últimos, o objetivo é transmitir uma idéia ou sensação, como o estranhamento, a curiosidade, a beleza ou o humor. 

À dança, costuma-se associar os movimentos de natureza expressiva – como se vê no balé clássico. O professor, porém, deve considerar (e explorar!) uma característica das crianças que permite enriquecer as atividades em sala: elas não distinguem necessariamente os movimentos funcionais dos expressivos. “Entre os pequenos, as atividades cotidianas mais simples são carregadas de brincadeira, de exploração de movimento, de dança”, diz Fabio Brazil, dramaturgo da companhia Caleidos, em São Paulo. “Eles ainda não criaram barreiras entre os dois tipos de gestos.”
 

Para o dramaturgo, um bom caminho para explorar a linguagem na escola é justamente investir no rompimento de qualquer distinção entre os movimentos cotidianos e aqueles considerados “bonitos” pelo senso comum. A dança moderna e a contemporânea trabalham nessa perspectiva. "Um gesto do dia-a-dia trazido para o contexto de uma coreografia – em uma repetição dele, por exemplo – ganha um sentido expressivo”, explica. “É só lembrar da cena de Charles Chaplin no filme
Tempos Modernos, em que ele transforma o ato de apertar parafusos em uma expressão de crítica e humor.” 

domingo, 26 de junho de 2011

FENDAFOR 2011


Unir talento e oportunidade. É partindo deste desafio que a situação da dança e de seus profissionais no Ceará entra em discussão, a partir da realização do Festival Nacional de Dança de Fortaleza – FENDAFOR, Fortaleza vive hoje essa realidade Do balé clássico às mais vanguardista formas de dança contemporânea, o Festival abre o leque cultural da Cidade e aproveita para levantar sua principal questão: por uma política constante para a dança no Ceará e principalmente a popularização da Dança cada vez mais consistente no nosso Estado. A idéia principal do Festival Nacional de Dança de Fortaleza/Ceará – Fendafor é de popularizar a Dança no Estado do Ceará, unir talentos e oportunidades, este foi e é o nosso grande alvo, colocar nossos artistas em cena, oportunizar as Companhias, Bailarinos e Escolas de Danças, desde o amador até o profissional, do Ballet Clássico ao Popular de apresentarem seus trabalhos e produções artísticas, no momento em que os mesmos têm a chance de apreciarem o nível da Dança de todo pais na troca de experiências, conhecimentos e intercâmbios. Outro conceito fundamental é a formação de platéia, o Festival hoje tem um alcance de públicos diversos, nos espetáculos, cursos, oficinas, mostra de vídeo dança (documentários, Processos Criativos, de Pesquisa e laboratórios), palestras, roda de conversa de bailarinos, coreógrafos, produtores e pensadores, essas atividades acontecem nos quatro cantos da cidade de Fortaleza e cidades do interior do estado, dos teatros aos centros sociais.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

LER PARA ENTERDER



                          O que é a dança contemporânea?
A dança contemporânea rompe com as molduras clássicas. Não tem técnicas específicas nem um "corpo ideal". Inova nas temáticas e na relação com os espaços e outras artes.
A dança contemporânea surge nos anos 60 nos EUA. Nasce no seguimento da dança moderna, na medida em que pretende também romper com os moldes rígidos da dança clássica.
Uma arte multimédia
A dança contemporânea é também profícua em relações com outras artes, desde o vídeo, às artes plásticas, à música ou à fotografia. A vertente da vídeodança é um dos géneros híbridos que surgiu nos últimos anos.
"A dança moderna, em relação à clássica, foi uma forma de libertação do bailarino, de expressar mais os sentimentos das pessoas e não apenas histórias. A dança contemporânea surge também nesse contexto", explica Catarina Marques, antiga bailarina e aluna do Ginasiano Escola de Dança, de Gaia.
Apesar do forte paralelismo, a dança contemporânea diferencia-se da moderna por não obedecer a técnicas. A dança moderna tem diferentes técnicas ligadas a vários coreógrafos, como Martha Graham, Doris Humphrey ou José Limon. "A contemporânea não tem essas técnicas, é a liberdade de expressão do bailarino", diz Catarina Marques. Não há mecanismos definidos, há antes processos e formas de criação. Parte-se de métodos "desenvolvidos por bailarinos modernos, como improvisação, contacto-improvisação" para uma construção personalizada da criação.

O bailarino contemporâneo tem um papel mais autónomo e interventivo na coreografia. "Antes, o coreógrafo dava um movimento ao bailarino e ele decorava-o e trabalhava-o. Agora dão temas, estímulos - que podem ser objectos, músicas - para o bailarino criar". O coreógrafo produz a partir do discurso do intérprete.
Apesar da ruptura com os artifícios do ballet, a linguagem própria da dança contemporânea não deixa de integrar referências clássicas. "Um bom bailarino contemporâneo tem de ter por base a dança clássica, a técnica, para depois se puder libertar", salienta Catarina Marques. Uma coreografia contemporânea não tem a harmonia estética de uma clássica. Mas os movimentos "têm primeiro de ser limpos para depois poderem ser sujos intencionalmente".
O corpo na dança contemporânea
Como a dança contemporânea não se define em técnicas ou movimentos específicos, emerge uma nova noção de corporalidade. Busca um sentido mais experimental, menos estratificado.
"Na dança contemporânea não existe um corpo ideal, como na dança clássica. É um corpo multicultural, que tem várias referências", explica Joclécio Azevedo, coreógrafo, bailarino e director do Núcleo de Experimentação Coreográfica do Porto (NEC).
Este corpo multicultural é um espelho do contemporâneo, do contexto globalizado em que a dança contemporânea se move. "Relaciona vários temas da sociedade de hoje", afirma Catarina Marques. "Muitos bailarinos falam do racismo" - Bill T. Jones é o exemplo maior - "da guerra ... é fruto do seu tempo".
A dança contemporânea explora uma paleta de procedimentos corporais distintos e transversais. "É um corpo que tem formações diversas. Eu, enquanto bailarino, tenho formação de teatro", diz Joclécio. O bailarino tem autonomia para traçar e desenvolver o seu próprio vocabulário, pois "não existe um corpo, existem corpos". Na dança contemporânea, a ideia de corpo é "colocada em questão": "o corpo não está só dependente da mobilidade, da elasticidade; mas também de características de ordem psicológica, antropológica, cultural".
O corpo não se apresenta como o único veículo de comunicação - todo o contexto temático que arquitecta a criação encerra uma sintaxe. O corpo é quem instiga o discurso simbólico, "é o catalisador da emoção, do pensamento, da atitude política, da sexualidade", esclarece Joclécio Azevedo. E é esse conjunto de elementos que "acaba por tocar em diferentes aspectos da nossa vida contemporânea", acrescenta o coreógrafo.
Uma nova relação com os espaços
Um dos elementos diferenciadores da dança contemporânea é o diálogo que estabelece com os espaços. A coreografia pode saltar de um palco para lugares menos convencionais. "No projecto 'Sub-18' fiz um espectáculo numa ETAR", exemplifica Catarina Marques. "Aí faz-se uma coreografia sobre o espaço. Temos de ver o que ele sugere, se o movimento é mais claustrofóbico, mais amplo", diz.
"Mas também pode ser simplesmente pegar numa coreografia e pô-la num espaço, só que ele vai condicioná-la. Há uma necessidade na dança contemporânea de o bailarino se adaptar ao espaço", sublinha a antiga aluna do Ginasiano.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

ESCOLHA SUA DANÇA ...

Dança de Salão
        Dança de salão refere-se a diversos tipos de danças executadas por um casal de dançarinos. As danças de salão são praticadas socialmente, como forma de entretenimento, integração social e competitivamente como Desporto. No Brasil, são praticadas algumas danças de salão, e entre elas: o forró, o samba de gafieira, o soltinho, o bolero, o tango, o zouk, a lambada, a salsa. Alguns dos tipos de dança de salão foram desenvolvidas no Brasil, como, por exemplo: o forró (do Nordeste), o samba de gafieira, o maxixe entre outras. Internacionalmente, para fins de competição, o termo dança de salão se restringe a certas danças, de acordo com as categorias -- International Standard e International Latin -- definidas pelo Conselho Mundial de Dança (WDC, na sigla em inglês). As danças praticadas nesses estilos são: a valsa lenta (ou valsa inglesa), o tango internacional (diverso do tango argentino), a valsa (também chamada de valsa vienense), o foxtrote e o quickstep (International Standard); o samba (diferente das modalidades de samba brasileiro), o chachachá, a rumba, o paso doble e o jive (International Latin). A dança de salão tem origem nos bailes das cortes reais na Europa, tomando forma na corte do Rei Luís XIV, na França. É possível que abraço lateral venha do fato de que, na época, os soldados carregavam a espada no lado esquerdo, como é mostrado nas imagens de Il Ballarino, de Fabrittio Caroso. Também era evidente a postura clássica, ereta e com o torso fixo, como no balé, que tem a mesma origem. A dança de casal foi levada pelos colonizadores para as diversas regiões das Américas, onde deu origem às muitas variedades, à medida que se mesclava às formas populares locais: tango na Argentina, maxixe, que deu origem ao samba de gafieira, no Brasil, a habanera, que deu origem a diversos ritmos cubanos, como a salsa, o bolero, a rumba etc.
Nos Estados Unidos, o swing surgiu de grupos negros dançando ao som de jazz no início dos anos vinte. As primeiras danças criadas foram o charleston e o lindy hop. Essas deram origem a vários outros tipos de danças americanas, como o jitterbug, o balboa, o west coast swing e o east coast swing.[4] Existe uma versão brasileira semelhante ao swing chamada soltinho. No Brasil, oito ritmos são os mais praticados, tanto nos bailes quanto nas escolas especializadas, sendo eles: bolero, soltinho, samba, forró, lambada,zouk, salsa e tango.
 Brasileiras



Latinas
 Outras
Modernas
American Smooth
American Rhythm